segunda-feira, 24 de novembro de 2008








Passeando pelas comunidades do orkut sobre o tema Morte, achei alguém questionando sobre a repulsa que as pessoas em geral demonstram ao se falar sobre morte!

Nem sempre foi assim! O livro O que é morte? de José Luiz de Souza Maranhão traz essa discussão!

O autor comenta que antigamente a morte era tratada com mais naturalidade, que o período de enlutamento era bastante respeitado!

Outros autores como Júlia Kovacs também já falaram sobre esse tema!

Dois são os motivos: **os avanços do capitalismo e
**o avanço da medicina

Maranhão diz: "Numa sociedade como a nossa, completamente dirigida para a produtividade e o progresso, não se pensa na morte e fala-se dela o menos possível. Os novos costumes exigem que a morte seja o objeto ausente das conversas educadas."

Anteriormente se morria em casa, todos particpavam do adeus. É claro que temos muito o que comemorar com os avanços da medicina, mas a luta pela vida a aqualquer custo pode trazer sofrimento e não alívio!

A morte no ambiente hospitalar muitas vezes é vista como um fracasso! É claro que tudo depende do ambiente que se trabalha, no setor de oncologia a morte se faz mais presente e talvez seja tratada com mais naturalidade. Porém no setor de pediatria a morte é visitante e sempre traz muitos questionamentos.

Falar de morte é falar de vida! Morrer é a única certeza em nossa vida!


“Madrugada e crepúsculo, alegria e tristeza, chegada e despedida: tudo é parte da vida, tudo precisa ser cuidado. A gente prepara, com carinho e alegria, a chegada de quem a gente ama. É preciso preparar também, com carinho e tristeza, a despedida de quem a gente ama.”

“Vida e Morte não são inimigas. São irmãs. Chegada e despedida.... Sem a frase que a encerra a canção não existiria. Sem a Morte a Vida também não existiria pois a vida é, precisamente, uma permanente despedida...”

Rubem Alves


É importante o investimento na formação dos profissionais da área da saúde! Mas esse é uma assunto para um p´roximo post!

Até mais!
bjo

6 comentários:

  1. Rubem Alves é mesmo um fofo, né?
    Ah, eu me lembro das discussões sobre esse livro "O que é morte" como se tivesse sido ontem. Antes, falar do nascimento era um tabu, e quando as crianças perguntavam como nasciam os bebês, se respondia que elas nasciam de pés de repolhos, hoje, há a banalização do sexo, e qualquer criança de 5 anos sabe como nascem os bebês, mas se uma criança pergunta onde está o vovô, dirão que ele está descansando num belo jardim...
    Beijão Pati!

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  2. Pati, estou achando seu blog maravilhoso, muito claro, didático e interessante! Parabéns, você é ótima!
    Bjs

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  3. Só recentemente é que fui descobrir essa literatura sobre o tema da morte. Antes eu pensava que era um ser meio "estranho"; afinal, não conhecia ninguém que também demonstrava interesse por esse assunto! Daí pude me sentir acompanhado por Ariès ("História da Morte no Ocidente"), Elisabeth Kübler-Ross ("Sobre a Morte e o Morrer") e algumas comunidades no Orkut - além de um certo blog, hehehe...

    Abraços!

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  4. O pequeno, porém denso e profundo, livro de José Luiz de Souza Maranhão, um dos pioneiros da tanologia no Brasil, trouxe-me luz, não somente sobre a morte e morrer, mas, sobretudo sobre a vida.

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  5. Muito bem escolhida a foto, suave, melancólica ... há um quê de mistério entre as realidades mediadas pelo vidro embaçado. Imagem adequada para o assunto desta página.
    Cecília Albuquerque

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  6. J'ai lu le livre O que é morte, José Luiz Maranhão, Université de médecine et a changé ma perception de ce sujet tabou.
    Paul Mounier

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